domingo, 10 de outubro de 2010

HÃM ?

http://conselheirocriativo.blogspot.com/

A maioria das coisas que sei, não sei como sei, apenas sei que sei.
Assim como a certeza, até então, de que o sol irá nascer no dia de amanhã.
Até aí tudo bem. O problema é explicar a alguém o que, e como sei o que sei.
Como  saber o que sei sem saber exatamente de onde vem? 
Como afirmar o sei sem o semblante dos fatos de saber o que sei? 
Como posso dizer que convém minha persuasão, em tentativas, muitas vezes, fracassadas, de convir?
Sei que na verdade não sei nada nesse plano. 
http://rodrigosouzapm.wordpress.com/category/conhecimento/
Sei apenas que sei, que a confusão de saber sempre será buscada numa razão lógica do ser.
Ser humano. 
Ser alguém.
Ou apenas ser... 
Eu sei que sei o que sei, mas não sei explicar o que sei e como sei o que sei que eu sei que sei. 

Portanto, digo que não sei nada, até um dia alguém saber como saber o que, em parte, se sabe. 
Fico então num estado inútil e confuso de mente, pois a certeza me vem, porém não consigo desmembra-la. 
Eu sei que sei de algo, [In]conscientemente. Mas eu, na maior parte NÃO SEI - não sou eu quem sabe!
Quem sabe de algo é minha intuição. E ela é difícil de se colocar num plano não abstrato. 
A ignorância me bate a porta. 
Os labirintos se instalam.
COMO SABER? 



Gustavo Lazarin
10|10|10  
19:50


segunda-feira, 12 de julho de 2010

CALO NA ALMA

Ora aqui, ora ali
Ora onde? já não sei,
não sei do que falo
não sei o que calo
ou o que me calam, não sei

Se eu conseguisse
até poderia ser rei
ou se me ouvissem, não sei

Se eu pudesse, silenciaria o meu silêncio

Não sei o que falo
não sei do que calo
ou se me calam, eu sei
Eu calo, calo cansado

Cansa,  calo, a minha alma, o cansaço
(da alma)

Se eu conseguisse,
silenciaria o meu silêncio...



*Significados de ALMA  - segundo wikipédia

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"Eu não sei de nada, quem sabe é minha intuição" - Gustavo Lazarin :)

quarta-feira, 30 de junho de 2010

FRANK SOLARI (para guitarristas e/ou amantes da música)

Ontem (29-06-10) tive o prazer de presenciar o workshop de um grande guitarrista: FRANK SOLARI.  Esse workshop foi um oferecimento da MUSITECH (loja de instrumentos musicais), e aconteceu no anfiteatro do Colégio Marista de Maringá.








Tecnicamente falando eu não posso dizer muita coisa, pois afinal, não sou guitarrista. Mas musicalmente dizendo o cara é monstro. Vou relatar algumas coisas que me lembro do que ele falou e o que eu percebi.

Pois bem, lembro-me que Frank Solari possui 38 anos e vive praticamente da "guitarra" há 20 - o que se caracteriza por ser uma proeza nos dias atuais conseguir essa façanha. Ele é de Porto Alegre,  Rio Grande do Sul, e não se limita apenas ao instrumento guitarra. Toca piano (instrumento no qual indicou para a "introdução" da pessoa no mundo da música, teoria, prática, por ser um instrumento completo, seguido da bateria - "batuques", "ritmos", como ele próprio descreveu), é técnico de som, compositor, entre outras coisas. Possui um estúdio e também trabalha com trilhas (globosat, sbt, band, etc.). Desde Novembro de 2009 (ou 2008), diz ele que fez + - 60 trilhas, de diversos estilos - apesar do seu estilo pessoal ser o rock. Tem 6 CD's , "projetos", que gostaria de lançar, porém não sabe-se quando - e algo que depende, entre outras variáveis - de sua inspiração. É clara sua decepção para com a cena atual e recente da música no Brasil (coisas como funk e derivados). Algo que, nas suas palavras, "não é música", pois MÚSICA possui necessariamente a junção de três elementos básicos e principais, que são: HARMONIA,  MELODIA E  RITMO. E algo como o funk (funk "do Brasil", porque na verdade o FUNK é outra coisa) pode ser limitado talvez, à um movimento social  e à ritmos. (Não julgo, respeito ideias contrárias, mas eu concordo com ele). Utiliza/utilizou  guitarras PRS (Paul Reed Smith), cubos ORANGE,  cordas ELIXIR 010,  entre outros equipamentos que não me lembro. A personalidade musical dele me agradou bastante, técnicas de slap que utiliza, finger picking, etc., e ainda incorpora, de alguma maneira, diversos tipos de músicas e instrumentos para o seu principal: a guitarra. Criando uma personalidade e estilo único.



Enfim, o que mais me marcou e motivou a escrever algo sobre ele, foi o que disse. Coisas talvez, esquecidas e/ou perdidas na sociedade atual.Entre elas, o fato dele dizer que faz o que faz, primeiramente por lazer, por amor, onde o resto se torna consequência. É claro que o dinheiro é essencial, e que ajuda e MUITO, mas talvez esse fator (paixão pelo que se faz), clichê e tão básico, esteja sendo esquecido pelas pessoas desse dessa sociedade "pós-moderna". Isso se expande para qualquer área de trabalho, seja na música (inundada por artistas "programados", "feitos", "moldados" para ganharem dinheiro) ou não. A paixão pelo trabalho talvez esteja sendo esquecida. Pense na complexidade que esse assunto é. Se eu for dizer sobre isso me delongo por horas e horas. Mas pense apenas nas vertentes e nas consequências que essa "NÃO - PAIXÃO" pode causar. Com certeza, isso se estende primeiramente para a própria pessoa, depois para a família,  e o círculo vai se aumentando (amigos, sociedade... ). Mau humor, doenças, stress...

VOCÊ JÁ PAROU PRA PENSAR NISSO?

Posso escrever sobre várias vertentes pertinentes a esse fato. E claro que não é um fato isolado, às vezes é necessário trabalhar com algo que não goste, etc e tal. Mas por enquanto me limito a isso, pois foi algo que gostei muito do que o Frank Solari disse, e que apoio completamente. Limito-me pois é o que quero dizer, indagar, instigar você, apenas para pensar nisso. Se talvez a sociedade não seria melhor se as pessoas trabalhassem mais com o que amam, e não apenas para encher seu ego de dinheiro, poder e status. Pode ser clichê, mas é um clichê que falta à sociedade atual. Posso vir a mudar de idéia no futuro, mas por hora eu sei que prefiro ser pobre e fazer o que gosto, a ser rico e fazer o que não gosto. 


Definitivamente, foi um workshop que valeu a pena ir, apenas junto ao meu eu e Deus. :D haha 

Frank Solari & André Gomes - NA PRESSÃO 




p.s.: as definições de música, harmonia, melodia, ritmo, são do wikipédia - uma busca rápida para quem quer saber mais ou menos o que é. Não digo se está certo ou errado, mas é claro, quem estuda isso e/ou quer estudar, não procurará nem se limitará ao wikipedia para aprender, não é mesmo? hehe




;)

terça-feira, 29 de junho de 2010

ACORDES


Poema/música. Poema, mas que é traduzido para uma linguagem, forma, que possa ser aplicada musicalmente. Hum... pensando bem,  fato é que qualquer "forma"poderia ser aplicada musicalmente... 


...que seja, o que quiser, que seja. É essa a graça da música/poema, e qualquer outro tipo de "história", digamos, superficialmente, assim. Cada pessoa "toma" um "pedaço" daquilo que quiser. Entende da maneira que bem entender, de acordo com sentimentos, histórias, carácter, virtudes, defeitos, ideologias, valores, vivência, etc., de cada um. 


A letra a seguir é a versão "estendida", ou seja, inteira, portanto, não é a versão "música" - que por sua vez é mais curta.


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ACORDES


Como assim, me diz você
já tenho muito peso pra levar
a liberdade de escolher
uma faca de dois gumes


há cortes que embalam sucessos
há cortes que me cortam a alma
há cortes que fatiam fino
há cortes que impedem a calma


e talvez o maior corte que se tem
é o que corta o que pulsa
e talvez a maior morte que se tem
é a morte que "despulsa"


coração, como assim,
fatia fino, nessa canção,
e traz de volta
o que eu ouvi dizer
sobre ser,
sobre ser alguém


como assim, me diz você
o compasso pode se quebrar
pela liberdade de escolher
uma faca de dois gumes


coração, como assim
fatia fino, nessa canção
e traz de volta
o que eu ouvi dizer
sobre ser
sobre ser alguém
pra você.


Há cortes, acordes.
Bem, já passou da hora...






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Duas características dessa letra, são: uso da ambiguidade e jogo de palavras - características constantes no que escrevo.  Às vezes uma mesma palavra significa três coisas distintas, portanto, é algo que se leva a pensar, e aí então, cada pessoa entenderá o que mais lhe for "apropriado", perante os artifícios que usou para tentar compreender, se, de fato, fez isso, entendeu? :)


O(s) significado(s) explícito(s), nada tem a ver com o(s) implícito(s), superficialmente falando, mas basta traçar paralelos e "botar a cabeça" para funcionar, que verás que há uma ligação, profunda, por sinal - ao menos para mim. Sei que pra maioria isso não tem significado, é algo retardado, "fora da casinha", mas que se dane, quem acha isso não tem a capacidade de entender, não só isso, mas qualquer forma de arte - essa é uma das minhas formas, medíocre para alguns, mas é minha, e apenas eu e meu ego que vemos/lemos isso mesmo. hahaha
Mas aí:  Entender mas não gostar é uma coisa, não gostar apenas porque não entendeu é outra coisa. Só pode falar, opinar, perguntar, discutir... , quem se enquadra no primeiro caso. Isso vale pra toda forma de arte - minha opinião. 




;D

domingo, 27 de junho de 2010

"Gêniuidadegenuasã"





Gênio ingênuo ingenuidade sã
Comprimido, compresso
compressa quente
joelhos, coração, costa[s] e mente
encosta. 


Mente a hora que deve
ressente os estragos que se prosta a ver
não compreende [dido]
comprimido.


Gênio ingênuo ingenuidade sã
mudança para outro nível de loucura
Gênio, ingênuo, ingenuidade, são
pedidos de mudanças e cura


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Lembre-se:


"A imaginação é mais importante que o conhecimento". (Albert Einstein; Ulm, Alemanha, 14 de Março de 1879 — Princeton, EUA, 18 de Abril de 1955)


:)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Eras de férias

  • O post a seguir é um texto que fiz no "meio do início" do ano. Retratando e resumindo, espero que de maneira bem feita, a junção de alguns dos milhares de pensamentos que tive durante "as férias".


O comeco dos anos é marcado visivelmente pelas tentivas de realizações de promessas que, usualmente, foram feitas durante os últimos dias do ano anterior, seja numa alimentação mais saudável, no caminhar no bosque, na prática do bem para com o próximo, ou apenas no cessar de uma mania, como roer as unhas, que normalmente aborrece. Algumas pessoas têm êxito nessa tentativa, outros já não usufruem dessa sensação de vitória. Além disso pode-se analisar e relacionar essa época, ano após ano, como um período de férias. Férias mentais, principalmente. Apesar de existir muitas pessoas onde isso não ocorre nessa época do ano, há muitas pessoas em que isso não ocorre, de maneira nenhuma. A expressão "sair de férias", é algo desconhecido no vocabulário dessas pessoas que apenas conhecem o trabalho. E esse é o ponto final.

Afinal, o que significa essa expressão, "sair de férias" ? Apenas não trabalhar? VIajar? Gastar? Espairecer? Descansar? Pensar? Conhecer lugares? ... Seja qual for o siginficado dessa expressão para cada pessoa, um fato, acredito eu, deveria ser unânime. Estar de férias implica num exercício de observação, num descanso mental que muitas vezes não é algo praticado durante os outros dias do ano, podendo agora, ser visto como um inimigo ou um desconforto.

Apesar das várias vertentes e das longas linhas de texto que este tema poderia alcançar, meu objetivo e foco agora é outro. A prática da observação das pessoas e para comigo mesmo, me fez realizar algo aparentemente óbvio, porém, creio que não muito constatado e conscientemente sabido:
É incrível a mudança que diferentes ambientes proporcionam às pessoas. Sair de uma cidade grande que proporciona um stress sem tamanho, com milhares de carros, fumaça, poluição visual, sonora, etc. , e ir para uma praia com os ventos no rosto e o barulho dos pássaros pelas manhãs é mais do que "relaxar".

São mudanças na pele, no cabelo, mudanças imunológicas e até psicológicas. Dizendo assim parece simples. "Óbvio que saindo de um local stressante, viajando nas férias a pessoa vai mudar". Porém, duvido que todas as pessoas reparam conscientemente nessas características que além de interessantes, são formas de ver como o ser humano reage à diferentes situações.

O cabelo fica mais brilhoso, a visão de vida vai além de um horizonte avistado de uma cadeira de praia alugada pois não houve tempo para se comprar uma devido ao trabalho que atrasou no dia da viagem, a pele fica mais lisa e o sorriso parece ser mais abundante. A receptividade é maior e as experiências novas são encaradas com menos medo e mais prazer. Com certeza há toda uma reação química no organismo, mas quem sou eu para tentar dizer algo sobre isso. Mantenho-me nas simples informações que o simples fato de observar e pensar pode trazer.


É fato que as pessoas parecem mais bonitas, os lugares mais cheios de vida e que por trás de tudo isso há um governo e um sistema capitalista gargalhando da alegria que dá a época designada de "férias". Porém, creio que há algo maior. Não, não é aquele papo que a esperança se renova, etc e tal. É o simples olhar de um curioso sobre o comportamento humano. É engraçado até, se você for parar e analisar isso.

O mundo não é o real, talvez seja por isso que é tão fascinante essa época. O mundo é o ideal. Mas aí é que tá, será que esse mundo, o ideal, caso fosse real, não se tornasse um mero mundo real que você buscaria fugir, na "época de férias" ? Será então que caimos naquela velha história de que queremos o que não podemos ter?

Acho que apenas gostamos de fugir. Seja conscientemente ou inconscientemente, necessitamos de uma mudança de comportamento, de uma pele mais lisa, de cabelos mais brilhosos, de experiências novas e de ócio. Sim, precisamos do ócio para não viver ou cair nele.




Datado em:
21 de janeiro de 2010
1:34 AM - Quinta feira